Uns austríacos, que
encontrámos há umas semanas atrás, disseram-nos para ir para Coromondel a
partir de 14 de dezembro, as árvores (Christmas Tree) estão em flor e a
paisagem fica linda nesta altura. Assim fizemos. Aliás, a nossa viagem é sempre
muito pouco planeada. Olhamos o guia, sobretudo o guia dos campings,
mas as dicas dos viajantes com quem vamos falando e que andam a fazer o mesmo
que nós, são mais valiosas. Neste caso não correu bem. Coromandel esteve com sol nos últimos
quinze dias e quando chegamos, entrou uma frente fria. Lá estou a falar do
tempo...Eu não queria calor, mas estas paisagens com sol, dão cada foto!!!...enfim, lá fomos, com o Ricardo a rogar pragas aos Austríacos, que nem têm culpa nenhuma
J
O nosso objectivo era subir
até à pontinha da península, até Port
Jackson e Fletcher Bay. O caminho
é de sonho. Vales verdes e baías que eu só tinha visto em documentários do National Geographic.
Começamos com uma grande
caminhada até Cathedral Cove. 01h30 de um caminho absolutamente espetacular para
chegar a uma praia também ela, espectacular! Aquela água azul, aquele cenário e a frente
fria...rrrrrhhhhhhhh!!!
Dormimos em Hahei, num super camping em frente da
praia e arrancamos logo de manhã para norte.
A 1 hora de chegar a Port
Jackson, um condutor que estava a descer, disse–nos que vinha aí uma tempestade
e que os pequenos rios que atravessamos, com pequenas pontes simuladas de madeira,
iriam encher e podíamos não conseguir passar nos próximos dias. Decidimos ir à
mesma e se chovesse muito, arrancávamos à noite, à hora que fosse. Ainda bem que
fomos! A estrada de toda a península é linda e no norte, melhora ainda! Pouca gente lá vive. Só animais e vegetação. Muito selvagem.
A meio caminho, vinha eu a
olhar pela janela (estrada fininha muito perto do mar) quando vi golfinhos. Parámos logo ali, quase no meio
da estrada, e a chover corremos até onde a água nos deixava. Eram dezenas, aos
pulos a darem-nos um show. “Estão tão felizes” dizia o Manel. Nós é que ficámos, e aquele dia cinzento ganhou outra cor.
Chegamos a Port Jackson, depois de muita curva e contracurva na única estrada possível, muito estreita e
quase impossível de imaginarmos cruzarem-se 2 carros.
Ficamos a dormir num spot
selvagem com casas de banho a que eles chamam camping, por 25$ NZ(15 eur). Os
campings são áreas limitadas, quase todos com wc (hiper-mega-super limpos) e ás
vezes com zonas para lavar loiça ou mesmo com fogão cozinhar. Os preços variam entre os
25$ e os 60$. Uns têm duches, noutros temos de por uma moeda e despachar em
prol do ambiente (dizem eles...) e outros uma retretezinha apenas. Mas sempre
limpinhoJ
Os Neozelandeses, são
obcecados com a limpeza e a verdade é que não se vê um papel, uma tampa ou um
plástico no chão. Quando tropeçamos em lixo, nem hesitamos em apanhar. Gostam tanto e
preservam tanto, o que é deles! Nos caminhos das reservas naturais e nas imensas florestas, há quase sempre um portão enorme na entrada, onde nos pedem
para limpar os sapatos, para não levarmos outra sujidade ou verme para a fauna
e flora, que não a que já lá se encontra. Não há ninguém a vigiar, existe
apenas a consciência de cada um, que aqui vale tudo!
Bom, acabando então a visita Port Jackson,
choveu muito e eram quase 6h da manhã quando arrancamos ainda de pijama com
medo das águas subirem. Correu bem, o tempo não melhorou, não conseguimos
visitar a cidade de Coromandel onde havia muita coisa para fazer (chuva e
ventos muito fortes) apenas compramos mexilhões e ostras que não são caros e
fizemos um almoço delicioso!! Next Stop: Auckland sem grande paragens.
Sofia, para mim está sol! Bonito demais!
ResponderEliminarGamei a foto onde estas deitada tal como a outrA nos EUA! Beijos e olha...FELIZ NATAL!
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