A chegada a Manila é um pouco
assustadora. O aeroporto está em obras e fazem pó e barulho em barda. Parece
que estamos na rua. Quero fugir de lá rapidamente, mas esse rapidamente ainda
demorou 1 hora, passo a explicar...Na saída há uns táxis daqueles muito limpos
para turistas que custam uma fortuna, achámos estranho e ainda mais estranho
quando vimos um taxista a distribuir um maço de notas pelos policias de plantão.
Procuramos os táxis brancos, os sujos, os que são usados pelos Filipinos
também. Estes táxis brancos, estão escondidos numa zona de difícil acesso para
os turistas. Temos de passar uma cancela onde esta um policia que alerta“cuidado
fiquem com o número do táxi, pode ser perigoso..”, subimos alguns degraus em
obras, com as malas às costas e no cimo da escadaria, está um maranhal!!!
Milhares de gente e dezenas de táxis, tudo a apitar, a falar alto. Aí sim, podemos
dizer, chegamos a Manila!
O taxista tinha um problema
na garganta, não se percebia nada do que dizia e de inglês sabia apenas algumas
palavras. Pedimos para ir para a zona do nosso hotel – Makati – ele disse que
sim, que percebia tudo. Mas afinal não entendia era nada, andámos no meio do
trânsito infernal, às voltas, a pensar no azar que tivemos em nos ter calhado
aquele homem.
Encontrámos o hotel e foi uma
lufada de ar fresco, entrar no ar condicionado, falar com alguém que nos
perceba e ter uma comidinha decente para nos receber.
A nossa paragem em Manila de
2 noites, prende-se com a disponibilidade
e horarios dos aviões que temos de apanhar para a ilha da Palawan, só mesmo com
isso, é que não há nada para fazer em Manila, nada mesmo. Uma cidade desinteressante, com 12 milhões de
pessoas, muita pobreza e um ou outro bairro melhores, como este onde ficamos
(tipo financial district). Uma cidade
que espera receber o Papa dentro de dias, que vai limpar as crianças da rua e
algum lixo só para o receber e para ficar bem na foto. Pena, não o fazerem por
outras razões...
Na zona do nosso hotel há 4 shoppings ligados com pontes e jardins
entre eles, com marcas baratas e de luxo, há restaurantes para várias bolsas e
um pequeno parque que deve ser o central
park deles, que enche de locais para um jogging de final de tarde.
Li e procurei bastante e a
única coisa que me pareceu mais ou menos interessante para visitar foi Intramuros. É uma fortificação com vestígios
de edifícios que marcam a presença
espanhola nas Filipinas. Estão em muito mau estado e fica a 2 horas do hotel dependendo
do trãnsito,...não vou!
Andamos sempre a pé e neste
bairro podemos andar à noite, o que sabe bem, a temperatura é muito boa. Os
filipinos deslocam-se em transportes públicos muito interessantes. São antigos
Jeeps da 2a guerra mundial transformados e que dão pelo nome de Jeepneys.
Manila sofreu vários
episódios bélicos, que provocaram a perda do seu rico património arquitectónico
e cultural. Após o final da Guerra (Os Japoneses foram muito responsáveis) a
cidade deixou os traços hispânicos para ser uma metrópole de elevados
arranha-céus, ruas direitas e trafico caótico e barulhento.
Comemos bem, descansamos e
usufruímos de um bom hotel, o que não teremos mais até ao final da viagem.
Next Stop: Ilha de Palawan
Manila pode não ser interessante, mas dos restaurantes não me posso queixar. Comida óptima e nada cara!
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